quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Influências positivas do abaixo assinado

Nada que venha do movimento sindical e associativo deve nos iludir, por que majoritariamente nossas entidades são dirigidas e controladas por sindicalistas vinculados partidariamente ao(s) governo(s) e consequentemente aos patrões, uma vez que os governos existentes atualmente no Brasil, mesmo os do PT, já mostraram que não fazem outra coisa senão administrar o capitalismo que significa a ditadura de uma minoria, mas, forte economicamente, sobre a maioria, manipulada por essa minoria, sem nenhum escrúpulo.

Porém, a matéria abaixo, demonstra que o abaixo-assinado por melhorias no saúde caixa, pode ter chegado ao conhecimento dos dirigentes sindicais e da Caixa e isso pode representar alguma remota esperança de avanços. Não por espontaneidade dos dirigentes, mas pela impressionante marca de mais 6.600 usuários do Saúde Caixa que já aderiaram ao abaixo-assinado. Só por isso, o abaixo-assinado já está sendo útil.


Leia abaixo a matéria que extraí na íntegra da página da APCEF/SP.


18/02/2009
Reunião do Conselho de Usuários debate problemas com o Saúde Caixa
Da Agência Fenae

Gargalos no atendimento dos usuários foram repudiados. Os conselheiros eleitos cobraram ainda da Caixa a imediata implantação do plano Saúde Família

Representantes eleitos e indicados para o Conselho de Usuários estiveram reunidos em 17 de fevereiro, em Brasília, para tratar dos diversos problemas com o Saúde Caixa, o plano de saúde dos empregados da Caixa. Foi a 18ª reunião ordinária desde que esse conselho foi criado, mas antes ocorreu uma extraordinária, ocasião em que foi apresentado o planejamento da Gerência Nacional de Saúde para o ano de 2009, além de ter sido discutida a necessidade das equipes das Gerências de Filiais de Pessoas (Gipes) nos Estados receberem treinamentos e ferramentas adequadas para melhor gerir o atendimento dos usuários nas diversas regiões do País.
Os gargalos no atendimento dos usuários do Saúde Caixa são cada vez maiores. Problemas operacionais levam, muitas vezes, a que esse atendimento não seja realizado, deixando os empregados sem opção e obrigando-os, em alguns casos, a se deslocar para cidades vizinhas quando houver necessidade de consultas e exames. Em alguns Estados, por exemplo, há casos de usuários que pagam, mas não utilizam o plano de saúde, porque a sua região não dispõe de rede credenciada adequada. Demandas dessa natureza são antigas e carecem de soluções urgentes, mas a Caixa não vem dando prioridade para essa questão.
A situação da rede credenciada torna-se cada vez mais crônica. A reunião do Conselho de Usuários voltou a discutir a atuação das Gipes nos Estados, que encontram dificuldades para acompanhar o processo com os credenciados e os descredenciados, devido a problemas como a cartelização do mercado e o excesso de documentação para credenciar profissionais, clínicas, hospitais e outras empresas. Também preocupa a falta de profissionais em diversas regiões do País.
Foram apresentados aos conselheiros relatórios sobre os seguintes tópicos: evolução e perfil dos beneficiários e credenciados do Saúde Caixa, afastamento dos beneficiários e situação por Estado da rede credenciada no Brasil. Por outro lado, os conselheiros eleitos voltaram a cobrar da Caixa uma posição sobre o processo de implantação do plano Saúde Família, reivindicado pelo movimento nacional dos empregados e que permanece em discussão no GT Saúde e no Conselho de Usuários. Caso venha a ser adotado, o plano Saúde Família permitirá a inclusão de parentes não-dependentes (pais sem renda, filhos maiores de 21 anos não-estudantes, filhos maiores de 24 anos etc.), com utilização da rede do Saúde Caixa a preço de custo.
Na reunião do Conselho de Usuários, a Gerência Nacional de Saúde e Ambiência Corporativa (Gesad) apresentou um histórico acerca da atual situação e da previsão de data para a conclusão da contingência, quando ocorreu um período de interrupção do processamento das contas do Saúde Caixa, entre abril de 2005 e abril de 2007. O problema aconteceu por responsabilidade exclusiva da Caixa, que encerrou o contrato com a empresa que prestava o serviço, sem que outra fosse contratada em tempo hábil. Isso gerou a suspensão dos débitos mensais das participações e causou, assim, transtornos aos participantes/usuários. É imprescindível saber quando essa falta de sistema (contingência) começou, porque surgiu e para onde vai.
Essa contingência reflete negativamente no trabalho do Conselho de Usuários, composto de forma paritária por cinco membros indicados pela Caixa e cinco eleitos pelos participantes, além de seus respectivos suplentes. O fato é que, devido a essa falta de sistema, a discussão sobre o equilíbrio financeiro do Saúde Caixa e sobre a inclusão de procedimentos para a ampliação das coberturas ficam prejudicadas. Os conselheiros eleitos voltaram a cobrar soluções urgentes para colocar as contas em dia. A Gipes de Brasília é a única que ainda não finalizou seu trabalho sobre a contingência, mas há a previsão de que isto ocorra até o fim de abril deste ano.
Devido a dificuldades ainda existentes, o Saúde Caixa passa por uma fase de ajustes, podendo ter casos de usuários com acerto a fazer ou a receber. A próxima reunião do Conselho de Usuários foi agendada para 29 de maio, em Brasília.
No encontro, estiveram presentes os seguintes conselheiros eleitos: Sérgio Amorim (Seeb/RJ), Laura Gatti (aposentada/Fenacef) e Rogério Vida Gomes (Fenag), na condição de membros titulares. Também participaram os membros suplentes Jackeline Machado (Seeb/SP) e Umberto Gil Alcon (Seeb/BH).

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