quinta-feira, 26 de março de 2009

Tese da Oposição Bancária ao 25º CONECEF relacionada ao Saúde Caixa e Assédio Moral e ralação do movimento sindical com esses temas

Publico aqui a parte da tese do MNOB-Movimento Nacional de Oposição Bancária/CONLUTAS, relacionada ao tema Saúde Caixa e Assédio Moral na Caixa e a política entreguista dos que compõem a maioria no Movimento sindical em relação a esses temas tão caros aos empregados.
Veja a tese na íntegra no blog http://oposicaobancariamogi.blogspot.com, clicando no título desta matéria.A tese dos grupos ligados à CUT não foram disponibilizada em nenhum meio de comunicação deles, mas serão publicadas aqui, tão logo eles o façam.
É muito provável, como de costume nos anos anteriores, que a tese deles seja distribuída apenas aos participantes do CONECEF.


Saúde e Condições de Trabalho

Este é um tema que se divide em duas questões: O Plano de Saúde e a saúde dos empregados.

O Plano de Saúde tem ficado cada dia mais caro e muitos descredenciamentos causados pelos atrasos no pagamento e baixos valores de remuneração.

A Caixa restringiu muito sua participação no Plano de Saúde e está jogando o custo do Plano, cada vez mais, sobre as costas dos empregados. É preciso mudar isso imediatamente.

A negociação e implantação do Saúde Caixa, não foi debatida em assembléias, nem foi elaborada pelo conjunto dos empregados. Uma Comissão nomeada pela Contraf/CUT fechou acordo com a Caixa e implantaram esse Plano.

Agora, precisamos retomar esse debate e fazer uma ampla discussão na base de como reverter essa situação do Saúde Caixa, cobrando da Caixa sua responsabilidade para com a saúde dos empregados. A proposta do MNOB é que a Caixa pague integralmente os custos do Plano destinando um valor ilimitado de recursos, pois nossa saúde não tem preço.

Quanto à saúde dos empregados temos que debater duas coisas que estão interligadas: A pressão da administração e a falta de recursos para o desenvolvimento do trabalho.
A combinação de uma política de metas, com pressões que chegam ao assédio moral, com a situação de falta de empregados e de equipamentos e instalações adequadas, está levando muitos empregados a adoecerem.

Nossa reivindicação tem que ser pelo fim das metas e pela contratação de mais empregados, aquisição de equipamentos melhores e abertura de mais unidades com amplos espaços para atendimento aos clientes.

No ultimo acordo coletivo foi acertado a contratação de mais empregados e a Caixa não cumpriu o Acordo. A Contraf/CUT não reagiu a isso, não foi à justiça exigir o cumprimento do Acordo.

Esta postura passiva da Contraf/CUT demonstra um servilismo inaceitável. O movimento sindical não pode ficar de joelhos para a Caixa, principalmente quando estamos sob um governo de origem operaria/sindical.

Se a Caixa não cumprir o Acordo, o movimento sindical tem de mobilizar imediatamente a categoria para cobrar isso. A mobilização não pode ficar restrita á Setembro.

Assédio Moral e Saúde Caixa

A Caixa não é uma empresa privada e seu objetivo não é o lucro. Para fazer o social, muitas vezes é preciso abrir mão de se obter lucro.

A venda de produtos e outras atividades com critérios de produção, que geram as metas, têm como único objetivo obter lucro.

Mas, para atingir as metas, a administração implanta uma política igual ao dos bancos privados, que vai desde um estimulo com remuneração até a pressão com transferências, descomissionamentos, etc.

Essa pressão exerce um mal estar nos locais de trabalho, pois muitos gerentes são despreparados para lidar com isso e acabam subjugando os empregados e realizando um assédio para que a unidade atinja as metas.

Isto é uma das maiores causas de problemas de saúde na categoria.

A Caixa tenta dissimular essa situação com suas políticas de “Clima Organizacional” e “Comitê de Valorização e Reconhecimento” para disfarçar a situação grave que se vive nas unidades da Caixa.

É preciso uma ação enérgica do movimento sindical para acabar com essa política das metas. Isso deve ser desde um boicote organizado nacionalmente, até ações judiciais contra a Caixa e aos administradores que pratiquem o assédio contra os empregados.

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